Modelo com Síndrome de Down desfila na New York Fashion Week

A moda cada vez mais está desfigurando os esteriótipos e incluindo pessoas e classes sociais que antes eram simplesmente excluídas do mundo fashion. Modelos plus size já vem conquistando seu espaço há algum tempo, mas agora chegou a vez de uma minoria que muitas vezes é vista como digna de pena e exemplo de fragilidade, mas tem se mostrado cada vez mais forte e se igualado em todos os aspectos dos considerados "normais".
Madeline Stuart em um de seus ensaios fotográficos.
A trissomia 21, conhecida popularmente por "síndrome de Down", é uma condição cromossômica causada por um cromossomo extra no par 21. Cada portador da síndrome de Down é único, os sintomas e sinais podem ser de moderados a severos. Ao contrário do que muitos pensam, a doença não é contagiosa. Crianças com a síndrome de Down têm algumas características físicas específicas e deficiências intelectuais, mas isso não as impede de aprender e conviver junto das outras crianças, pois são pessoas normais. A jovem modelo australiana Madeline Stuart é um grande exemplo disto.



Maddy, como gosta de ser chamada, foi gordinha a vida toda. No ano passado, decidiu começar a correr, fazer academia e comer de forma mais saudável. Após ter perdido vinte quilos, contou para a mãe que queria se tornar modelo. Conseguiu: foi convidada para desfilar na New York Fashion Week. Ontem ela entrou na passarela pela grife FTL Moda. Além disso, já fez campanhas para uma linha de bolsas e uma marca de maquiagem.

“É hora de as pessoas entenderem que mesmo aqueles que têm síndrome de Down podem ser atraentes“, disse Maddy ao L’Huffington Post.



A FTL Moda é uma das empresas que têm procurado figurantes que fujam ao padrão que é habitualmente esperado numa modelo: “É com a maior alegria e apoio que anunciamos a participação de Madeline Stuart na nossa apresentação da Fashion Week”, escreveu um porta-voz da empresa no Twitter.

“Quero mudar, através da moda, a forma como as pessoas olham para quem tem síndroma de Down. A exposição cria aceitação”, escreve na sua página de Facebook.



Segundo a australiana, há 14 meses ela notou que estava acima do peso e resolveu mudar de vida com uma reeducação alimentar. Ao Daily Mail, a mãe da modelo, Rosanne, disse que em dois meses Madeline já havia feito mudanças significativas. “No começo, Maddie, que costumava comer muito como uma forma de compensar as dificuldades do dia a dia, teve que quebrar esse ciclo. Eu dei a ela todo apoio”, contou.






Para Madeline, essa visibilidade toda ajuda a melhorar a percepção das pessoas sobre a doença e a diminuir o preconceito. “Eu sou uma modelo e espero que meu trabalho ajude a mudar a forma como a sociedade enxerga as pessoas com deficiência. A visibilidade cria consciência, aceitação e inclusão”, escreveu na página do Facebook.







A modelo com Síndrome de Down Madeline Stuart desfilou na New York Fashion Week no dia 13 de setembro. A jovem de 18 anos contará com o apoio da Christopher & Dana Reeve Foundation, organização especializada em ajudar pessoas com lesões graves na coluna ou problemas neurológicos. A australiana hoje é dançarina, líder de torcida, pratica diversos esportes e ainda participa de campanhas para grifes de roupas.

"Uma garota deveria ser duas coisas: o que e quem ela quiser."

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