Não a violência!



A violência nada mais é do que a manifestação de um ato que magoe, amedronte, assuste ou machuque uma vida, seja ela fêmea, macho, jovem ou velho, animal humano ou não humano.

Diante disso precisamos analisar o agressor antes mesmo de pensar na vitima, pois as vitimas em sua grande maioria não se sentem fortes ou seguras para se libertarem do ciclo, tornando ainda mais difícil o rompimento do mesmo.

Quando buscamos uma analise psicológica do agressor, percebemos que em sua grande maioria, tem traços de exibicionismo, egocentrismo e inflexibilidade, porém exatamente por gostar muito de ser elogiado, raramente se mostra na frente das pessoas, vestindo uma personagem ideal para aquele que o vê, ou seja, mais parece um camaleão, porque muda de “cor” para cada “telespectador” e o faz pensar o quanto é incrível, gentil, cordial e generoso, jamais sendo possível, caso a vitima relate algo “contra ele”, acreditar nela, pois ele é bom demais para ser suspeito de algum tipo de agressão, ele consegue fazer com que pensem que certamente foi algo esporádico e a vitima real está exagerando.

Isso quando o agressor não faz a vitima “cometer loucuras” e justifica como está cansada, estressada e precisa dele, que ao ficar a sós faz inúmeras ameaças a desestabilizando ainda mais.

Para todos é muito fácil acusar e dizer que a vitima tem 50 por cento de responsabilidade do problema que viveu, porque ela poderia pedir socorro, mas o fato é isso cai pela metade quando sua credibilidade está afetada pelo fato do agressor manipular a situação, colocando todos contra a vitima até que um dia ela morre e as pessoas se perguntam: “mas como assim ela nunca disse que estava sendo agredida?” “por que nunca nos disse?” “esperou chegar nesse estremo para não termos mais o que fazer”...

Inúmeros são os casos de falecimento, mas também existem os casos de falecimento em vida, onde a vitima muda toda sua vida, seus sonhos, desejos, ambições e apenas transfere isso para a necessidade de estar viva, porque de verdade muitas vezes preferia estar morta, mas a necessidade de proteger a família ainda, em muitas vezes a faz fugir da realidade ou do local que vivia, deixando pra traz uma parte muito importante de si, até mesmo esta família que tanto ama e precisa proteger, “afinal a culpa é sua”.

Sinceramente não sei se este artigo será lido ou se um dia será publicado por um jornal, ou mesmo tão compartilhado que possa afetar positivamente a vida de inúmeras vítimas, o que sei é que escreve-lo dói na alma, dói ainda por me sentir culpada de ter vivido e dia após dia luto a favor de mim mesma, me dizendo que posso ser feliz, amada, amar, perdoar, ser perdoada, mas realmente não é fácil, porque cada choro de bebê, cada uivo canino, cada gemido de um idoso vem a tona todo o medo.

Eu não entendia, porque não gostava de violência, sempre lutei contra até dos animais em cativeiros tinha verdadeiro desespero de ver, ir ao zoológico era uma alegria por estar próxima das feras que eu queria cuidar, mas também uma dor tão profunda que me fazia querer soltar todos. Por isso sou grata por ter vivido na pele e poder relatar para realmente não julgar, apenas discutir e contribuir. Hoje, devido amnésia seletiva acredito que as vezes esqueça a raiz e apenas sofro, me incomodando tanto ao ouvir um choro que preciso me controlar para não chamar a polícia, não frequentando zoológicos ou evitando qualquer ambiente que tenha discussão.

Precisamos compreender como as coisas acontecem para pararmos com essa hipocrisia de que agredimos para educar, de que a culpa é da mulher, dos problemas, da falta de dinheiro, da bebida, da droga... “a culpa é sim”, em muitas vezes, da vitima que precisa romper o ciclo, mas não sabe como, de modo que devemos iniciar uma formação escolar, entrando nas casas “sem pedir licença” e tentar salvar o máximo de vidas antes que elas sucumbam.

Só assim vamos dar voz aqueles que não têm voz, como os idosos e as crianças que muitas vezes sofrem até abuso sexual e ninguém identifica.

Por favor, parem de lamentar pela morte das crianças da SIRIA, ou dos refugiados TURCOS, ou sobre o HOLOCAUSTO, ou sobre a bomba de HIROSHIMA, ou do tsunami da INDONÉSIA e tantas outras dores do mundo e façam algo concreto, SE PREOCUPEM COM SEU “PRÓXIMO”, SEU VIZINHO, SEU PARENTE, SEU FAMILIAR, SEU AMIGO!

Todos somos responsáveis por ajudar ao combate deste mal, e para isso precisamos levar a informação a todos os cantos, sem preconceito, sem julgamentos e “METENDO A COLHER”.